Após receber alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, neste sábado, 29, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que vai tentar ir ao debate entre presidenciáveis a ser promovido pela emissora na próxima quinta-feira, dia 4. "Eu tenho recomendações médicas, a princípio em fico em casa; estou tentando uma liberação e ver se consigo ir ao debate da Globo na quinta-feira", disse, durante a viagem de avião para o Rio de Janeiro, onde mora.
"Tenho vontade de ir ao debate, até porque fiquei muito tempo afastado, fui muito atacado, é a oportunidade que tenho de mostrar a realidade e também quais são os meus planos para o Brasil", acrescentou.
Diante da repercussão negativa de declarações polêmicas do candidato a vice em sua chapa, Hamilton Mourão (PRTB), e de seu assessor econômico, Paulo Guedes, Bolsonaro disse, sem citar nomes, que pretende desfazer "mal-entendidos". "Da parte da equipe, teve gente que falou demais, no meu entender, por falta de tato, de vivência com a imprensa. Foi tudo de boa fé, mas pretendo desfazer isso também. Os ataques, que foram muitos, se for possível, a gente desfaz."
Questionado sobre declarações feitas ontem, durante entrevista à TV Bandeirantes, de que não respeitaria um resultado que não seja a sua eleição, Bolsonaro afirmou que não dá para aceitar "passivamente" uma "fraude". "Um sistema eleitoral em que já tínhamos acertado uma maneira de auditá-lo, que é o voto impresso, lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal derrubou", afirmou. "Eu vejo que foi um absurdo o PT crescer, não existe isso, não é o que sinto nas ruas, um sinal claro de que o povo está no nosso lado. Não dá para a gente assistir passivamente, na possível fraude, a eleição do outro lado."
O presidenciável ficou internado no Hospital Albert Einstein durante três semanas para se recuperar de uma facada que recebeu durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.