O delegado Rodrigo Morais Fernandes, da Coordenação de Combate ao Crime da Polícia Federal em Minas Gerais, afirmou que "não restam dúvidas" que Adélio Bispo de Oliveira, que atingiu o deputado Jair Bolsonaro com uma faca, "agiu por inconformismo político".
O relatório final do primeiro inquérito aberto sobre o ataque foi apresentado na sede da PF, em Brasília, na tarde desta sexta-feira (28). De acordo com o delegado, Adélio agiu sozinho no dia do atentado. "Nós avaliamos mais de 2 terabytes de arquivos relacionados ao caso, como imagens de toda a Juiz de Fora, de comércios, e casas. Concluímos que no dia ele agiu sozinho", disse.
Bolsonaro foi atingido por Adélio no dia 06 de setembro, quando realizava uma passeata em Juiz de Fora. O agressor atingiu o candidato no abdômen.
O parlamentar permanece internado no Hospital Sírio Libanês, se recuperando do ferimento. Bolsonaro se recupera bem e deve voltar a realizar atos de campanha na próxima semana.
Visita ao hotel
[SAIBAMAIS]A PF identificou que Adélio foi até o hotel onde Bolsonaro se hospedou, poucas horas antes de esfaquear o candidato à Presidência. "Ele tirou fotos de outdoor anunciado a chegada do candidato. Foi até o hotel, poucas horas antes e estava sempre tentando se aproximar do candidato", disse Rodrigo.
A PF informou que mensagens compartilhadas nas redes sociais e na imprensa com a identificação de possíveis suspeitos, foram avaliadas e descartadas até o momento.
Segundo inquérito
A participação de outras pessoas no atentado não está completamente descartada. Um segundo inquérito foi aberto para apurar novas imagens, dados cibernéticos e a ligação de Adélio com eventuais participantes do crime.