Reforçando a estratégia de se dissociar do governo de Michel Temer (MDB) na campanha presidencial, o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (19/8) que a participação de seus correligionários em ministérios de Temer, como foi o caso dos senadores José Serra, Aloysio Nunes no Itamaraty e o do deputado Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) teve bases técnicas - e não ocorreu exatamente por afinidade com o programa de Temer.
"Cedemos quadros importantes, com base e capacidade técnica. Por mim, entretanto, o PSDB não teria participado do governo", disse o ex-governador de São Paulo em sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista "Veja".
O candidato também não poupou o Partido dos Trabalhadores de críticas. "O PT não tem limites. É o sexto ano seguido de déficit primário. A dívida bruta explodiu. Quebraram o governo federal e levaram milhões ao desemprego", afirmou o tucano. "Agora, responsabilizar a oposição que não está há 16 anos no governo não é adequado. Criou déficit gigantesco e a população está pagando, eles não propuseram uma reforma estrutural, previdência, trabalhista, nada", declarou.
Ainda assim, Alckmin aponta que a chapa de Fernando Haddad já tem passaporte carimbado para o segundo turno. "A realidade é que o PT já está no segundo turno, mas não penso isso sobre Bolsonaro. Precisamos escolher quem vai derrotar o PT no segundo turno", afirmou o tucano.
;Estaremos no segundo turno e vamos ganhar a eleição;
O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, 18, que, apesar do desempenho enfraquecido nas pesquisas eleitorais, sua chapa tem condições de crescer consideravelmente. "Vamos estar no segundo turno e vamos ganhar as eleições", disse, durante sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista "Veja".
A estratégia para melhorar o desempenho e chegar ao pleito decisivo no fim de outubro, comentou, é reforçar à população nas próximas semanas que Jair Bolsonaro (PSL) não é a melhor chance de derrotar o Partido dos Trabalhadores. "Muitas pessoas bem intencionadas querem votar no Bolsonaro porque entendem que ele pode derrotar o PT. É o contrário: ele é o passaporte para a volta do PT, pois a eleição é em dois turnos", avalia Alckmin. "Bolsonaro perde para qualquer candidato no segundo turno", reforçou o tucano.
Em relação às declarações recentes do senador Tasso Jereissati, de que o PSDB teria uma parcela de culpa nas atuais condições do cenário econômico, Alckmin enfatizou que não houve questionamento da legitimidade do resultado eleitoral em 2014. "Usaram uma declaração honesta do Tasso de forma desonesta. Sou admirador do Tasso, autocrítica é importante e o que ele fala eu endosso", afirmou o ex-governador de São Paulo.