O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (18/9), prorrogar por 15 dias as apurações do inquérito dos Portos, que investiga o presidente Michel Temer. A prorrogação foi solicitada pela Polícia Federal.
Esta foi a quarta vez que a PF pede a prorrogação da apuração. Antes, Barroso havia prorrogado o prazo em agosto.
"Defiro o prorrogamento do prazo das investigações por 15 (quinze) dias, a contar da data em que formulado o pedido. Expirado o prazo, deverá a autoridade policial apresentar relatório conclusivo", determinou Barroso.
O inquérito apura se empresas que atuam no Porto de Santos, como a Rodrimar e o Grupo Libra, foram beneficiadas por medidas que atingiram o setor portuário.
Inicialmente, as investigações miravam, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar.
Ao longo da apuração, entraram também na mira o amigo do presidente, João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.
Quando a PF pediu mais 15 dias para as apurações, a Rodrimar informou que "que a própria PF já concluiu em relatório de março, enviado ao STF, que (a empresa) não foi beneficiada pelo decreto dos portos". O Grupo Libra não havia se manifestado até a publicação deste texto.