Em ato de campanha em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, o candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, recorreu ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir o apoio dos baianos, como parte do esforço do para garantir os votos do Nordeste.
"O Lula pode estar preso, mas o projeto dele não, a militância dele não. O que ele encarna como futuro para esse país está mais solto do que nunca, está na memória do povo", disse na manhã deste sábado, 15, o ex-prefeito de São Paulo, que assumiu a candidatura do PT após Lula ter sido impedido pela Justiça Eleitoral de se candidatar, em razão da Lei da Ficha Limpa. Condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente está preso desde abril.
Em um discurso de apenas três minutos, transmitido ao vivo pelo Twitter do candidato, Haddad gastou metade do tempo apenas para falar de Lula. "Eles já devem ter percebido que prenderam o cara errado. Desde que o prenderam, ele só cresce nas pesquisas e, se tivesse sua candidatura confirmada, como queria a ONU, seria eleito no primeiro turno", disse Haddad, em cima de um carro de som, ao lado da sua vice, Manuela D'Ávila (PCdoB), do governador do Estado, Rui Costa (PT), candidato a reeleição, e do ex-governador Jaques Wagner (PT), candidato ao Senado.
No tempo restante, o presidenciável do PT disse que conta com os baianos para ter uma vitória expressiva na disputa ao Palácio do Planalto. "O povo está livre para, até o dia 7 de outubro dia do primeiro turno, tomar a decisão de retomar esse país nas mãos", afirmou Haddad.
Sem citar a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-prefeito de São Paulo pediu aos eleitores que deem uma "resposta ao golpe", numa referência ao processo de impeachment. "A Bahia vai dizer em alto e bom som: o golpe acabou, o Brasil é nosso", afirmou.