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Grupo de apoio a Bolsonaro nas redes perde adesão após ataque, aponta FGV

Segundo a análise, o grupo de debate sobre presidenciáveis era composto - antes do ataque - por 821,6 mil contas do Twitter. Destas, 88.283 manifestavam apoio a Bolsonaro

Levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-DAPP) mostrou que o apoio ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, no Twitter diminuiu após ele ser vítima de um ataque a faca em Juiz de Fora (MG), na semana passada.

A entidade afirma ter analisado os quatro principais grupos de debate sobre os presidenciáveis na rede social em dois períodos distintos: a semana anterior ao ataque (de 28 de agosto a 4 de setembro) e 48 horas seguintes ao episódio em Juiz de Fora (de sábado a segunda-feira. O ataque ocorreu na quinta).

Segundo a análise, o grupo de debate era composto ; antes do ataque ; por 821,6 mil contas do Twitter. Destas, 88.283 manifestavam apoio a Bolsonaro. Após a facada, esse número caiu para 74.158. Houve ainda um expressivo número de usuários que se ausentaram do debate sobre os presidenciáveis: após o atentado ao deputado, eles somavam 410.097.

Além de perder apoiadores, Bolsonaro ainda viu crescer o número de perfis que faziam oposição a ele. Boa parte das pessoas que estavam de fora do debate antes da facada passaram a criticar o deputado, fazendo com que o grupo crítico a ele chegasse a 254.517 usuários.

Outra tendência observada pelo FGV foi que o grupo de perfis alinhados à esquerda se dissipou, saindo de 90.409 participantes para 46.628. Boa parte dele deixou o debate. Outra parcela passou a fazer oposição a Bolsonaro. Houve ainda quem passasse a apoiar Ciro Gomes (PDT). Este, por sua vez, passou a contar com 36.185 usuários após o ataque, recebendo um fluxo significativo de contas que, antes, faziam oposição ao candidato do PSL.