O ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB) foi condenado nesta quarta-feira, 12, a 12 anos e 10 meses de prisão por fraudes a licitações na reforma do Maracanã e no PAC das Favelas. A decisão é da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Com isso, as penas somadas do ex-governador ultrapassam os 183 anos de prisão.
"Eleito para dois mandatos consecutivos de governador do Estado do Rio de Janeiro, protagonizou gravíssimo episódio de traição eleitoral, em que mostrou-se capaz de menosprezar a confiança em si depositada por milhões de pessoas", anotou o juiz Marcelo Bretas.
A sentença é resultado de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) a partir de investigações da Operação Crossover, um desdobramento da Lava Jato que apurou a participação de Cabral e outras 19 pessoas nos crimes de formação de cartel, superfaturamento e fraudes em licitações nas obras de reforma do Maracanã para a Copa de 2014 e do PAC das Favelas.
O advogado de Sergio Cabral, Rodrigo Roca, afirmou que irá recorrer da decisão. "Sérgio Cabral já havia sido condenado por suposta corrupção em obras públicas. Hoje, sua condenação se deu por alegada fraude nas mesmas obras públicas tratadas na sentença anterior, em evidente duplicidade de condenação. É preciso que os órgãos revisores, do Judiciário, intervenham, o quanto antes, nesses processos, sob pena de atingirmos a barbárie judicial", afirmou, por meio de nota.
Esta foi a sétima condenação de Cabral imposta pela operação Lava Jato. Na terça-feira, o ex-governador havia sido condenado a 47 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva. No total, Sergio Cabral já foi sentenciado a 183 anos e seis meses de prisão.