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Meirelles diz ser 'pouco provável' dar indulto a Lula caso seja eleito

O candidato também foi questionado sobre se não é uma contradição utilizar como slogan o 'chama o Meirelles' quando, na verdade, a economia patinava e ainda patina quando deixou o cargo de ministro da Fazenda

O candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, evitou se posicionar sobre se, caso eleito no pleito deste ano, concederia um indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem serviu como presidente do Banco Central e quem menciona bastante em seu programa eleitoral.

"Mesmo que essa seja uma prerrogativa do presidente, acredito que a decisão precisa ser baseada em uma jurisprudência", disse o ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer, que participa da série de sabatinas Estadão-Faap com presidenciáveis. "A princípio, pouco provável", emendou, pressionado pelos jornalistas do evento.

No evento, o candidato foi questionado sobre se não é uma contradição utilizar como slogan o "chama o Meirelles" quando, na verdade, a economia patinava e ainda patina quando deixou o cargo de ministro da Fazenda, em abril. Ele disse julgar que não, uma vez que o pior da recessão já havia passado em sua gestão e via como necessário garantir mais quatro anos das políticas iniciadas em 2016. "O desemprego de hoje foi criado no governo Dilma. No pouco tempo que tivemos, criamos dois milhões de emprego. É claro que ainda é pouco porque foi pouco tempo", se defendeu, acrescentando que a economia ainda não deslanchou justamente por causa do cenário eleitoral nublado deste ano.

Meirelles é a quinto candidato a participar da sabatina do jornal Estado de S.Paulo nas eleições presidenciais 2018, feita em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). A série de encontros Estadão-Faap com os Presidenciáveis na sede da fundação, em São Paulo iniciou no último dia 27 de agosto e vai até quinta-feira, 6. Já passaram por ela os candidatos Alvaro Dias, do Podemos, João Amoêdo (Novo), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Geraldo Alckmin (PSDB) fecha a série.

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) declinou do convite e a participação de Fernando Haddad, vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi suspensa até que a situação do registro do PT na Justiça esteja resolvido.