O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) por improbidade administrativa, pelo suposto recebimento ilegal de R$ 10 milhões da Odebrecht, durante a campanha eleitoral de 2014 para o governo de São Paulo.
No documento ajuizado, o órgão pede que Alckmin seja condenado pelos supostos valores recebidos, a perda de função pública e a suspensão dos direitos políticos. Além do ex-governador, outros cinco profissionais da construtora também foram acusados.
"Aceitando a inescrupulosa oferta da Construtora Odebrecht, no início de 2014, o requerido Marcos Antônio Monteiro, ainda no exercício de função pública, agendou uma reunião com os executivos (...) onde veio a pedir, em benefício do também requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, uma doação no valor de 10 milhões de reais, valores estes a não serem contabilizados e declarados à Justiça Eleitoral, entregues por meio do esquema fraudulento de caixa dois, para a campanha deste último à reeleição ao cargo de Governador do Estado de São Paulo", diz o texto.
De acordo com a ação, o ex-governador aceitou mais de R$ 7,8 milhões da Odebrecht, por meio de caixa 2. Esses valores não foram declarados à Justiça Eleitoral. O promotor de Justiça Ricardo Manuel Castro concederá entrevista coletiva nesta quarta-feira (5/9), a partir das 14h, para comentar o assunto. De acordo com o órgão, será a "primeira e última vez" que o promotor se manifestará sobre o caso, que está sob sigilo.