A candidata do Rede Sustentabilidade à presidência da República, Marina Silva, definiu as coligações do PSDB, conhecidas como "Centrão" como "corrupção braba", por "serem voltadas apenas para aumento de tempo de televisão e contratação de marketeiros famosos". As declarações foram dadas durante uma entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta quinta-feira (30/8). Segundo Marina, as aliança entre partidos têm que ser "programáticas" e não voltadas a segundos interesses.
Marina defendeu que apesar de ter coligações estaduais com PT, PSDB e MDB, a REDE visa se aliar com "pessoas boas", independentemente de suas legendas. A candidata declarou que a criação do partido foi para a não sacralização de velhos partidos e sim para "dialogar e governar com os melhores de cada partido".
Boa Líder?
A candidata foi questionada a respeito da divisão de opiniões sobre o impeatchment da ex-presidente Dilma Rouseff e a saída de alguns integrantes do partido. Esses declararam, em carta pública, falta de posicionamento para grande problemas no país. Segundo Marina, a saída de partidos é natural na política, o que não impede de manter boas relações com os parlamentares que deixaram o partido.
Marina garantiu, ainda, que não sofrerá qualquer tipo de ;sabotagem; em seu governo, por conseguir juntar pessoas de diferentes partidos, através de uma política ;autoral; e ;decisão compartilhada;.
Reformas e Agronegócio
Quando perguntada pela falta de propostas para as reformas trabalhista e previdenciária, Marina afirmou que possui as ditretrizes e irá manter a diferença de idades entre homens e mulheres para aposentadoria. A candidata também culpou os governos Dilma e Temer pelo ;esquecimento; das reformas, que segundo ela, estão voltadas apenas para benefícios de empresários.
Sobre o agronegócio, Marina foi enfática ao dizer que foi ;muito bem recebida; por suas propostas e idéias voltadas ao mercado. A candidata destacou, ainda, os processos de licenciamento da transposição Rio São Francisco e da BR-163, realizados em sua gestão como ministra do Meio-Ambiente, no governo Lula.
Aécio Neves e Eduardo Campos
Em 2014, Marina recebeu 22 milhões de votos, e declarou apoio a Aécio Neves no segundo turno, na época investigado pelo aeroporto de Cláudio, e hoje réu na Operação Lava-Jato. A candidata explicou que se tivesse as informações da operação na época, não teria declarado apoio ao tucano, e que desenvolveu mecanismos de avaliação das pessoas que estão trabalhando em sua campanha.
Indagada sobre as delações envolvendo propina da Odrebretch e JBS na campanha de Eduardo Campos, na qual era vice, Marina disse que ;não tem compromisso com os erros; e dá total apoio a Lava-jato e as investigações do Ministério Público.
Futuro
Marina aproveitou seu 1 minuto de tempo livre, para destacar sua trajetória dentro da política e classificou seu governo como um ;governo de transição;, geração de empregos e ;justo para empresários, trabalhadores, jovens e mulheres;.
* Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli