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Com palavrão, Bolsonaro se defende de acusação de preconceito e critica 'kit gay'

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) defendeu-se das acusações de racismo, homofobia, misoginia e xenofobia com críticas ao chamado "kit gay" - material didático preparado pelo Ministério da Educação durante o governo Dilma Rousseff - e dizendo que gosta de mulher. As afirmações foram feitas em atividade de campanha no Rio, na manhã desta terça-feira, 28, mesmo dia que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará se o torna réu em ação penal por frases polêmicas que disse. A denúncia foi apresentada em abril pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Cercado por simpatizantes que fizeram a maior parte das perguntas em ambiente preparado para receber a imprensa na Central de Abastecimento do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que "a senhora Raquel Dodge, lamentavelmente, fez uma juntada disso (acusações por declarações dele) e mandou para o STF". O candidato disse também que inventaram que ele é misógino e ironizou que agora "não gostava de mulher". "Descobriram que eu sou gay, é aquela palhaçada de sempre", minimizou, sendo recebido por gargalhadas de eleitores. O presidenciável disse que "ninguém quer chegar e encontrar o filho Joãozinho de sete anos de idade brincando de boneca por influência da escola". "P(*), nosso filho é homem e ponto final, p (*)", bradou, batendo na mesa com uma das mãos. "Descobri a p(*) do kit gay, desculpa o linguajar aqui , e resolvi mostrar. Era inclusive para filho de pobre porque era pra escola pública depois iria pra privada. No intervalo, vai o Pedrinho namorar o Joãozinho, a Mariazinha namorar a Joaninha", disse Bolsonaro. O candidato também afirmou que "estão escancarando as portas para a pedofilia". Disse que, "se encontrasse um filho seu abusado por um cara barbado, poderia ter certeza que iria revolver o problema dele na hora". "Ele não vai ter tesão por mais ninguém na vida, pode ter certeza disso, tá ok? Se vocês encontrarem alguém, um marmanjo aí fora, enfiando um pênis no anus de um menino de três anos de idade, você não pode chamar a polícia não, você tem que levar aquele cara pro hospital, submetê-lo a um laudo psiquiátrico. Se ele estiver sofrendo de transtorninho, ele tem que ser internado. Sabe que psiquiatra irá cuidar desse cara? O doutor Teixeira", disse o candidato à Presidência da República, mais uma vez aplaudido por eleitores. Bolsonaro acrescentou: "Queremos que o nosso filho em sala de aula seja respeitado e não que fique inventado coisinha pra botar na orelha dele com seis anos de idade." "Ele tem um piu-piu debaixo da perna, mas quando tiver 12 anos de idade, vai decidir se vai ser menino ou não. Vamos acabar com isso. Até o pessoal da imprensa, duvido que vocês querem isso para o seu filho ou sua filha. E não peguem, por favor, pedacinhos do que falei aqui para dar outra conotação lá na frente", disse o candidato.