O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (25/8) que, se eleito, enviará ao Congresso em janeiro de 2019 uma proposta de reforma política capaz de reduzir o número de partidos no país. A proposta irá prever, de acordo com ele, votos distrital e facultativo e cláusula de barreira. Mesmo com nove partidos suportando sua campanha, Alckmin defendeu o mínimo de legendas possível e citou países em que duas ou três forças disputam o poder. "Não pode um sistema político errado dar bons frutos; a fragmentação leva à ingovernabilidade", disse ele durante visita a Ribeirão Preto (SP).
Alckmin admitiu que o próximo presidente da República assumirá o mandato com uma Câmara pulverizada com vários partidos. "Nenhum partido chegará a ter 60 deputados, ou 10% da Casa", afirmou. O ex-governador dividiu as atenções de eleitores do interior paulista com Jair Bolsonaro (PSL), que passa o dia em Barretos, município distante cerca de 100 quilômetros de Ribeirão Preto.
Indagado se temia a presença do adversário em seu reduto político - além de Barretos, Bolsonaro cumpriu agenda de campanha durante a semana em São Paulo - Alckmin afirmou que "a população e São Paulo nos conhece há 40 anos e sabe do nosso empenho. Não vamos resolver problemas do Brasil à bala, com violência, vamos resolver com eficiência, competitividade e reformas que o país precisa".
O candidato tucano chegou a Ribeirão Preto com quase duas horas de atraso e participou de um evento com prefeitos e políticos da região na unidade local da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Durante um rápido pronunciamento, o ex-governador defendeu a retomada da economia, com ações como simplificação tributária, desburocratização e reformas para reduzir o déficit público e, consequentemente, a dívida bruta do País, correspondente a 76% do Produto Interno Bruto (PIB).
No começo da tarde, Alckmin concedeu entrevista a uma emissora local e esteve na região central da cidade, onde tomou um café na cafeteria Única.