A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu retirar do juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal de Curitiba, trechos da delação da Odebrecht que citam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada por 3 votos a 1, na tarde desta terça-feira (14/8). O resultado do julgamento marca mais uma derrota para o relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, que já acumula 20 reveses no colegiado.
Os ministros entenderam que não existe relação dos fatos narrados com os desvios na Petrobras e, por isso, não são de competência da Justiça Federal do Paraná. Os trechos revelam ligações entre a empreiteira e o petista, e serão enviados à Justiça Federal em Brasília.
A decisão dos ministros não retira os processos de Moro nem impedem que ele peça o compartilhamento de informações. Além de Lula, os documentos remetidos ao Distrito Federal citam também o ex-ministro Guido Mantega. Ele aparece em planilhas de computador com os nomes "italiano" e "pós-italiano". Os delatores narram repasse de propina para o PT. As menções a Mantega serão remetidas uma parte para Justiça Federal do DF e outra para o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TER-DF).
[SAIBAMAIS] O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou para que os trechos permanecessem com Moro. Mas ele foi voto vencido pelo entendimento de Ricardo Lewandoeski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. O ministro Celso de Mello, que também integra a turma, não estava na sessão.
* Com informações da Agência Estado