O candidato à Presidência da República Álvaro Dias (Podemos) anunciou que, se eleito, fará uma "refundação da República". Para tal, ele propõe um enxugamento no Legislativo e a redução dos atuais 29 ministérios para "cerca de 15", embora não tenha especificado quais deverão ser extintos.
"O contribuinte também quer a eliminação de privilégios. E temos que começar pelo andar de cima. Política salarial tem que obedecer o teto." Ele disse ainda que o Programa Minha casa minha vida é bom, mass precisa ser mais bem organizado.
O discurso foi feito no evento O Futuro do Brasil na visão dos Presidenciáveis, na sede da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.
Ele fez ainda uma provocação ao seu concorrente do PSDB, Geraldo Alckmin, que obteve o apoio do Centrão. "Quem quer a manutenção da situação atual já tem endereço. O maior ajuntamento é o lá de São Paulo. A maior engenharia para constituir a arca de Noé", ironizou. Ele disse acreditar, no entanto, que as possíveis mudanças entrarão em vigor não nestas, mas nas próximas eleições.
Do ponto de vista da economia, Álvaro Dias, em conjunto com seu vice, o economista Paulo Rabello de Castro, prometeu adotar "um limite emergencial de despesas, com cortes para atingir o deficit de R$ 139 bilhões em 2019". "Vamos chamar todos os setores para conversar com o governo. E vamos também reduzir o desperdício, que está entre 10% e 12% na administração pública", afirmou o candidato.