A Polícia Federal cumpre três mandados de prisão contra suspeitos de participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro ligado ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso e condenado a mais de 100 anos de prisão. A operação desta sexta-feira (3/8) da Lava-Jato do Rio é batizada de "Hashtag" e tem como um dos alvos o empresário Eduardo Plass, dono do TAG Bank/Panamá e presidente da gestora de recursos Opus Investimento.
De acordo com as investigações, o banco teria sido usado para lavar dinheiro do ex-governador por meio de empresas offshores localizadas em paraísos fiscais. Os investigadores apontam Plaas ligado ao esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio e o empresário Eike Batista. Plass mora em Londres, mas estava de passagem pelo Rio. Também foi presa Maria Ripper Kos, sócia de Plass. Há outro mandado de prisão em andamento.
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontam que entre 2009 e 2015 "uma série de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pelos diretores da joalheria, que agora colaboram com as investigações do MPF" passaram pelo banco. Os procuradores pediram o bloqueio de R$ 181 milhões dos envolvidos
Em janeiro do ano passado, Plass chegou a ser alvo de condução coercitiva no âmbito da operação "Eficiência", que teve como alvo o empresário Eike Batista. Os investigadores apontam a compra de joias como uma das maneiras que o grupo atuava para lavar o dinheiro.
Os procuradores descobriram que offshores de Plass foram usadas para adquirir joias pelo ex-governador, no valor de US$ 24 milhões (R$ 90 milhões), na H.Stern. As informações foram repassadas por delatores ligados com a joalheria O Ministério Público afirma que a compra de joias fazia parte do esquema de lavagem de dinheiro da corrupção usado por Cabral.
A rede de joalherias assinou acordo de leniência e diz colaborar com as autoridades.