Os dirigentes do MDB votam, na manhã desta quinta-feira (2/8), se oficializam ou não a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto. A cerimônia ocorre ao longo da manhã, em convenção nacional do partido. Apesar da decisão, o nome do vice continuar sendo uma incógnita, e não deve ser revelado na cerimônia.
Logo depois depositar o voto na urna, o senador e ex-presidente do Senado Renan Calheiros criticou a candidatura do MDB ao Planalto, e defendeu, particularmente, a chapa do PT, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ;Acho que o MDB tem que se reconstruir, voltar a cumprir um papel importante a partir do próximo ano, tem que defender um pacto econômico e social para o Brasil sair da crise, voltar a crescer economicamente, criar renda, criar emprego. O Meirelles é uma opção da continuidade da recessão;, disse.
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Renan chamou a candidatura de ;tiro no pé;, já que o partido deveria se concentrar em aumentar a bancada no Congresso em vez de ;sobrecarregar as alianças estaduais;. ;É uma candidatura de mentirinha. É um mico que você não pode levar aos candidatos realmente competitivos do MDB;, completou.
Já o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, defendeu que o grupo contrário à candidatura é minoritário dentro do partido. ;São membros que não passaram por aquela época da dificuldade. Gente que é adepto da lei de Gerson, gente que quer que o partido continue sendo um condomínio de escritórios. Gente que o bom seria que até saísse do país. Mas como o partido é democrático e não é dado a expulsões, nós temos que passar por isso;, ressaltou. ;Quer fazer o que quer, faça. Tem gente que é emedebista e que eu nem quero ver no nosso palanque;, disse Marun.
Questionado sobre o fato de que o partido, até agora, não tem alianças concretas, Marun minimizou o problema. ;O MDB é o maior partido do país. Tem quadros para ter um candidato a presidente, candidato à vice presidente, candidato à tudo, e em todo o lugar de nosso país;, concluiu.