O novo ministro do Trabalho, o advogado Caio Vieira de Mello, sinalizou que pretende fazer uma limpa na pasta que vem sendo alvo de várias investigações de fraudes da Polícia Federal. ;Vamos examinar tudo;, garantiu ele, nesta terça-feira (10/07), após ser empossado pelo presidente Michel Temer em uma rápida cerimônia no Palácio do Planalto.
Ao ser questionado se ele vai trocar logo todos os funcionários do órgão com vínculos partidários, o novo ministro tentou ser diplomático. ;Não estou dizendo que vou trocar, mas vou administrar o ministério tecnicamente. Isso significa que quem tiver capacidade técnica fica (no cargo);, disse ele, acrescentando que o convite para assumir a pasta ;foi uma surpresa;. ;O presidente me pediu que eu desse uma agilidade ao ministério e o ajudasse a resolver os problemas que existem lá. Eu não os conheço. Vou conhecer a partir de hoje;, explicou. Ele lembrou que acaba de completar 50 anos de experiência na área do trabalho e aceitou o convite por motivação pessoal. ;Eu acho que eu posso contribuir com alguma coisa;, frisou.
Mello disse que, em primeiro lugar, pretende tomar conhecimento do funcionamento do ministério para depois tomar as decisões. "Mineiro é sempre precavido. Como um bom mineiro, vou examinar bem a situação, mas medidas serão tomadas, e com transparência;, afirmou ele, acrescentando que, na avaliação dele, o Ministério do Trabalho tem que ser ;extremamente técnico;. ;Temos que funcionar tecnicamente;, emendou.
Durante a cerimônia de posse, Temer evitou um discurso longo. Falou por menos de sete minutos e, em sua fala, tentou destacar como legado de seus dois anos à frente do governo a retomada da criação de emprego, apesar de a taxa de brasileiros desempregados ainda estar em níveis muito elevados. No entanto, o chefe do Executivo ressaltou que o novo ministro acumula conhecimento para ajudar no desempenho da prioridade de seu governo que é aumentar o número de emprego.