Indicado pelo PTB, Yomura foi alvo da Operação Espúrio, que investiga a concessão de registros sindicais em troca do pagamento de propina. Após o afastamento, o ex-titular do Trabalho pediu demissão. O ministério tem sido constante alvo da Polícia Federal e da Justiça Federal.
Em 4 de janeiro, Temer nomeou a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, para o cargo. Mas ela teve a posse barrada em um imbróglio judicial devido a uma condenação na Justiça trabalhista. O governo insistiu na posse da parlamentar até 22 de fevereiro. Um dia depois, Yomura assumiu interinamente a pasta. Ele tomou posse como ministro titular apenas em 10 de abril.
Desde a demissão de Yomura, o governo adotou um discurso conciliador, reiterando que o PTB segue como um importante aliado. Mas a escolha de Caio Mello é um sinal de esgotamento da confiança do Palácio do Planalto com indicados petebistas. O advogado é consultor do escritório de advocacia Sérgio Bermudes. Ele é desembargador do trabalho inativo e vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 3; Região (TRT-3), entre 2008 e 2009. A posse dele ocorrerá nesta terça-feira (10), às 15h, no Planalto.