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A PF quer saber detalhes da participação dele no suposto esquema de fraudes na concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Helton foi afastado do cargo por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No despacho, Fachin afirma que ele não deve manter contato com outros investigados, que são servidores públicos, e fica impedido de frequentar a pasta. O esquema, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), uniu políticos e servidores na cobrança de propina para emissão dos registros.
Palavra da defesa
Em nota, a defesa do ministro negou as acusações de envolvimento em práticas ilícitas e disse que ele adotou uma política de valorização dos funcionários.
Leia a nota completa:
"O ministro do Trabalho Helton Yomura adotou rigorosas providências institucionais para a garantia do interesse público, podendo se destacar: exoneração imediata de todos os servidores sob investigação, abertura de sindicância e processos administrativos para averiguação dos fatos e suspensão de todos os atos que pudessem provocar repercussões no âmbito da investigação.
Quanto à suspensão de suas funções no Ministério do Trabalho, todas as medidas jurídicas serão tomadas para possibilitar à turma do STF se manifestar sobre tal importante tema. Neste sentido, foi em razão do entendimento do próprio ministro Edson Fachin que foram encaminhados para o plenário do Supremo casos de grande repercussão.
Tendo a certeza de não ter cometido nenhum ato ilícito e que suas ações correspondem a uma política de valorização dos trabalhadores e das instituições, o ministro Helton Yomura, mesmo não sabendo de que atos está sendo acusado, nega veementemente qualquer imputação de crime ou irregularidade.
César Caputo Guimarães, criminalista do núcleo de Direito Penal do Nelson Wilians e Advogados, e André Hespanhol, advogado criminalista."