No início da sessão desta quinta-feira (21/6), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse que "não foram encontradas gravações que indicassem qualquer participação de ministro do STF em qualquer ato ilícito." A fala faz referência a um pedido feito pela própria presidente para que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigassem citações que atribuíam atos irregulares supostamente praticados por pessoas ligadas à Corte.
O pedido foi feito em setembro do ano passado, e antes do início do julgamento desta tarde, a ministra assegurou que não houve qualquer indício. "Esse esclarecimento se faz necessário e a menção dessa investigação se faz importante porque sobre este Supremo Tribunal, que tem o compromisso da guarda da Constituição e que tem como um dos seus princípios a moralidade pública, não poderia pender a mais leve dúvida sobre a conduta daqueles que compõem e integram o STF", afirmou a presidente do órgão.
As suspeitas surgiram após menções de supostas irregularidades praticadas por pessoas ligadas à Suprema Corte e à PGR, em áudios dos executivos da JBS Joesley Batista, Ricardo Saud e Franciso e Assis e Silva. Em nota conjunta, no ano passado, Joesley e Saud confessaram mentir nas gravações, assim como afirmaram não saber de nenhuma irregularidade.
"As manifestações de título ainda que, portanto, mera notícia ou de suposta informação precisavam dizer, escoimada de qualquer dúvida. E é exatamente isso que agora o diretor-geral da Polícia Federal passa para nossas mãos", explicou Cármen Lúcia. "Não há qualquer dúvida que tenha sido extraído de qualquer documento ou ato que tenha sido registrado sobre a conduta de qualquer um dos ministros do STF naquela ou qualquer outra ocasião que tenha chegado a essa presidência", concluiu Cármen.