A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (21/6), no Paraná, a Operação Greenwich, 52; fase da Lava-Jato. As investigações avançam para a apuração de crimes contra subsidiárias da Petrobras, como a Petrobras Química S/A - Petroquisa.
Quarenta policiais federais cumprem 11 ordens judiciais - um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão. As medidas estão sendo cumpridas nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e Timbaúba, as duas últimas em Pernambuco.
Em nota, a PF afirma que "o esquema criminoso identificado em várias oportunidades em contratações da Petrobras se repetiu também em suas subsidiárias. As informações e provas reunidas até o momento demonstram que o Grupo Odebrecht foi favorecido na obtenção de contratos, em troca de repasses de recursos a funcionários da empresa, quer seja através da entrega de valores em espécie, quer seja através de remessas para contas bancárias estabelecidas no exterior", informa a PF.
"As contratações eram direcionadas com o estabelecimento de parâmetros que só poderiam ser atendidos por empresas do Grupo Odebrecht", afirma a Federal.
O nome atribuído à operação policial (Greenwich) remete a uma das contas bancárias mantidas no exterior e destinada ao recebimento de valores indevidos e transferidos pelo grupo Odebrecht a funcionários de subsidiárias da Petrobras em troca da "defesa" de interesses do grupo empresarial nas contratações
As investigações apontam para a prática de diversos crimes como a fraude em processos de contratação das empresas das subsidiárias da Petrobras em favor da Odebrecht, corrupção, crimes financeiros e lavagem de ativos. Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição do Juízo da 13; Vara Federal.
Em nota, a empreiteira afirmou: "As investigações que resultaram na 52; fase da Operação Lava Jato têm origem em informações fornecidas na colaboração da Odebrecht e de seus ex-executivos. A Odebrecht continua cooperando com as autoridades".