. "Os indiciados, após constatarem que o ofendido estava imóvel e desacordado na rua, dando claras mostras uma vez mais de que o resultado morte lhes era absolutamente indiferente, afastaram-se do local, sem prestar qualquer socorro a ele mesmo estando a poucos metros do Hospital São Camilo situado nas imediações. Ainda assim, negaram socorro à vítima, assumindo o risco de que a morte pudesse ocorrer", acusa o promotor.
Para o promotor, o "crime foi cometido por motivo torpe decorrente de intolerância diante da suposição de que a vítima estivesse no local a protestar contra o ex-presidente da República e seus apoiadores políticos".
"O crime foi cometido com emprego de meio cruel eis que, ao projetarem a vítima com empurrões em direção à via por onde trafegava veículo de grande porte, os indiciados elegeram, para prática delitiva, meio apto a provocar no ofendido intenso e atroz sofrimento físico, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade humana", concluiu.
Defesas
A reportagem está tentando contato com a defesa de Maninho do PT, mas não havia obtido resposta até a publicação desta matéria O espaço está aberto para manifestação.
Daniel Bialski, que defende o empresário Carlos Alberto Bettoni ressalta ser "evidente que estamos diante de um caso de homicídio, que não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agressores". E, complementa "Carlos Alberto teve sorte de existir hospital defronte ao local dos fatos. O Ministério Público foi diligente e célere, referendando nosso pedido para adequação típica em sua primeira manifestação e, neste momento, com o oferecimento da denúncia, se aguardando a abertura da ação penal. Esperemos agora a punição exemplar dos autores deste hediondo ato" conclui Bialski.