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Joaquim Barbosa anuncia que não será candidato à Presidência

O ex-presidente do STF alegou motivos pessoais para não disputar o Planalto nas eleições de outubro

Pelo Twitter, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ministro aposentado do tribunal Joaquim Barbosa anunciou que não vai concorrer à Presidência da República nas eleições de outubro. O magistrado alegou "motivos pessoais" para a desistência. Segundo alguns levantamentos, Barbosa tinha cerca de 14 milhões de simpatizantes declarados, cerca de 10% do total das intenções de voto.

"Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu o ex-ministro na rede social.

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Filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), Joaquim Barbosa se tornou nacionalmente conhecido após ser relator do caso do Mensalão no STF e despertava mais interesse em eleitores das classes A e B. A estratégia do partido nas eleições seria o de ligar seu nome ao combate à corrupção. Mas não foi desta vez.

[SAIBAMAIS]Barbosa parece não ter se convencido sobre a própria candidatura. Apontado como o principal outsider na corrida presidencial, o ministro aposentado chegou a dizer, em abril, que "ninguém se importava" com sua decisão de concorrer ou não. A declaração ocorreu depois da discreta apresentação de Barbosa no terreno do PSB, no qual ele nunca foi unanimidade. A escolha de Barbosa parece ter sido a de não se desgastar.

Presidente do PSB: "compreensível"

Com a desistência de Barbosa, é possível que o PSB abrace a candidatura de Ciro Gomes (PDT), uma ideia que já era discutida. O mundo ideal para os pessebistas, não concretizado, era colocar os dois juntos em um mesmo palanque.

Logo após o anúncio, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a decisão do ex-ministro do STF é "compreensível". O dirigente informou também que a legenda deve se reunir nas próximas semanas para discutir se vai tentar viabilizar outra candidatura ao Planalto ou não.

"Ele (Barbosa) avisou hoje (terça) cedo. Ligou agradecendo muito ao partido, disse que refletiu muito e que tinha decidido não ser candidato", afirmou Siqueira à Agência Estado. De acordo com ele, Barbosa alegou questões de foro íntimo para não disputar. "Disse a ele que era compreensível, porque é uma decisão de foro muito íntimo ser ou não candidato numa eleição", afirmou, sem explicar quais as razões de foro íntimo do ex-ministro.

O presidente do PSB contou que esteve com o ex-ministro do STF na semana passada, quando acertaram a contratação de assessores e marcação de encontros com economistas e especialistas na área social para discutir pontos de um futuro plano de governo. "Estivemos juntos na semana passada, tomamos uma série de decisões, mas ele recuou", declarou o dirigente partidário.

Siqueira disse que a decisão de Barbosa "não chega a ser completamente uma surpresa". "Essa dúvida ele sempre teve", contou. "Nós nunca asseguramos a legenda para ele, assim como ele nunca assegurou para nós que seria candidato. Então, estava dentro do combinado", acrescentou. O presidente disse que o partido vai discutir o que fazer a partir de agora nas próximas semanas. "Vamos discutir esse assunto posteriormente", declarou.

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