De acordo com a acusação, João Batista teria colaborado com R$ 1 milhão na reforma. A suspeita é que o dinheiro seja propina paga pela JBS. O ex-militar é amigo do presidente há mais de 30 anos e chegou a ser preso pela PF. O responsável pelo caso é o delegado Cleyber Malta Lopes. Também foi ouvido o arquiteto responsável pela obra.
Na próxima semana, a PF deve colher os depoimentos de fornecedores que venderam os materiais utilizados na reforma. Pelo menos um deles informou que recebeu o pagamento em espécie, repassado por Maria Rita Fratezi, mulher do coronel Lima. Ela teria entregado pelo menos R$ 100 mil em dinheiro vivo.
O depoimento de Maristela durou cerca de quatro horas. O advogado Fernando Castelo Branco, que a defende, afirmou que ela respondeu a ;todas as questões formuladas pela autoridade policial. E, como já vem fazendo, continua disposta a colaborar com as investigações;.
A casa que foi reformada fica na região do Alto Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. O imóvel tem 300 metros quadrados e a obra ocorreu entre 2014 e 2015. Em depoimento à Justiça, Maria Rita alegou que não participa dos negócios do marido.
O inquérito contra o presidente Michel Temer apura se ele teria recebido propina para editar um decreto que alterou regras do setor portuário. As mudanças, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), teriam beneficiado a empresa Rodrimar, concessionária do Porto de Santos. Temer já respondeu à PF sobre o assunto e negou as acusações, afirmando que o decreto se tratou apenas de mais uma de suas atividades como chefe do Executivo.
Em visita a Ribeirão Preto, questionado por jornalistas sobre o depoimento da filha, Temer disse: ;registre meu sorriso;. O coronel Lima ainda não prestou depoimento, alegando problemas de saúde. (RS)