A ex-presidente Dilma Rousseff teve um encontro com Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, em Buenos Aires, na Argentina, nesta terça-feira, 1;, com quem conversou sobre o cenário político dos dois países e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma também esteve no país vizinho para participar da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, onde lançou a obra "Lula: A verdade vencerá". Em postagem no Twitter, Dilma agradeceu a recepção de Cristina Kirchner e afirmou que segue "forte e resistente" contra o que qualifica de perseguição aos governos populares.
"Falamos dos ataques à democracia em Brasil e Argentina e da perseguição aos governos populares e às lideranças de nossos países, inclusive da prisão arbitrária de Lula. Seguimos fortes e resistentes", escreveu Dilma.
Também na rede social, a hoje senadora Cristina Kirchner criticou o "retrocesso social e econômico" dos brasileiros e argentinos. "É muita coincidência para ser por acaso", escreveu Cristina.
Mais tarde, na abertura da feira do livro, Dilma esteve com importantes figuras de países da América Latina, como o ex-presidente colombiano Ernesto Samper (1994-1998), e o escritor Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz em 1980. De dentro do evento, Esquivel publicou um vídeo no momento em que a plateia cantava "Lula Livre" quando Dilma foi apresentada.
Em sua fala, Dilma criticou o processo político brasileiro. "O golpe transformou a lei na maior arma de destruição civil. Destruição da cidadania, dos direitos e das liberdades", criticou. "É um golpe muito particular: o fazem em nome da lei, mas não fazem mais do que violar a lei".
Ao ir para Buenos Aires, Dilma deixou de participar do ato em apoio ao ex-presidente Lula em Curitiba, que reuniu cerca de duas mil pessoas.