O DEM confirmou publicamente nesta quinta-feira (5/4) a filiação do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes ao partido para disputar o governo do Estado. Ele assinará a ficha de filiação durante ato na sede do partido, na capital fluminense, nesta sexta-feira (6/4) véspera do fim do prazo para políticos se filiarem à legenda pela qual pretendem concorrer às eleições gerais de outubro deste ano.
A informação, antecipada na segunda-feira (2/4) pelo Análise Politica%2b, novo serviço de informações do Broadcast Político, foi confirmada à reportagem pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pelo deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), um dos responsáveis pela negociação de novos filiação à legenda no Rio de Janeiro.
Para evitar desgaste com o MDB, partido pelo qual foi prefeito da capital fluminense por dois mandatos, Paes levará apenas um deputado federal junto com ele para o DEM: Pedro Paulo (RJ), um de seus principais aliados. De acordo com Cavalcante, a expectativa é de que o ex-prefeito também leve ao partido até oito prefeitos do interior do Estado.
Eduardo Paes tinha anunciado ainda no ano passado ao MDB que deixaria o partido, após a legenda no Rio ser fortemente atingida pela Operação Lava-Jato. O ex-prefeito chegou a negociar filiação ao PSDB e, mais recentemente, ao PP. Mas o cenário mudou na semana passada, após ele ser procurado por Maia para que fosse candidato pelo DEM ao governo.
Maia enfrenta dificuldades para montar palanques fortes nos principais colégios eleitorais para reforçar sua candidatura ao Palácio do Planalto. No Rio, seu reduto eleitoral, o pai dele, o vereador carioca César Maia, resiste em ser candidato a algum cargo majoritário nas eleições deste ano e até já defendeu publicamente que o filho não deveria disputar a Presidência da República.
Para conseguir disputar o governo, Paes terá de conseguir liminar na Justiça. Isso porque ele está inelegível por oito anos, após ser condenado em dezembro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio por abuso de poder político-econômico e conduta vedada a agenda público nas eleições de 2016, quando tentou, sem sucesso, eleger o deputado Pedro Paulo (MDB-RJ) como seu sucessor na Prefeitura do Rio.