O Ministério Extraordinário da Segurança Pública voltou atrás e afirmou que as cápsulas do mesmo lote das munições usadas no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, mortos na última quarta-feira (14/3) foram encontradas em uma agência dos Correios da Paraíba, após um assalto. Na semana passada, o ministro Raul Jungmann havia informado, em coletiva de imprensa, que as cápsulas haviam sido roubadas dentro de uma agência da Empresa de Correios e Telégrafos, no estado nordestino.
Em nota, o ministro afirma que "não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime e que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada que acabaram parando na mão de criminosos".
A Polícia Federal instalou um inquérito policial na delegacia de Campina Grande (PB) para apurar o arrombamento da agência de Serra Branca, também na Paraíba, em 24 de julho do ano passado. Segundo a pasta, o arrombamento foi seguido de uma explosão do cofre onde, na ocasião, foram levados objetos e valores. Na cena do crime, a polícia encontrou balas de diversas munições, entre elas algumas do mesmo lote investigado pelo crime contra a vereadora e o motorista.
A nova versão é diferente da que foi dada por Jungmann na sexta-feira (16/3) da semana passada, quando o ministro afirmou que a munição usada no assassinato de Marielle foi roubada da sede dos Correios na Paraíba. As balas que tiraram a vida da parlamentar e do motorista pertencem a um lote comprado pela Polícia Federal de Brasília em 2006.