As balas encontradas pela Polícia Civil após o assassinato da vereadora Marielle Franco, do Psol, e do motorista Anderson Gomes, na quarta-feira (14/3) são do mesmo lote das capsulas encontradas após uma chacina que ocorreu em 13 de agosto de 2015, em Osasco e Barueri, na região de São Paulo. As munições são do lote UZZ18, que foram vendidas pela Polícia Federal.
Após a chacina, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo abriu investigação por conta de suspeitas de que PMs estariam envolvidos com a morte de 18 pessoas. Na ocasião, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), informou para a corporação que as balas do lote UZZ18 foram repassadas a PF.
[SAIBAMAIS]Meses depois, foi confirmado que agentes de segurança foram os responsáveis pelos ataques que correram em oito bairros das duas cidades. Há duas semanas, o policial Victor Cristilder Silva dos Santos, de 32 anos, foi condenado a 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão pelo júri popular no Fórum Criminal de Osasco, por ter participado da morte de 17 pessoas.
Em nota conjunta, emitida nesta sexta-feira (16/3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Polícia Federal informaram que a PF já abriu inquérito "para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime". As instituições informaram que estão trabalhando juntas nas investigações.