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Politica

Maioria dos brasileiros acha importante o presidente acreditar em Deus

Pesquisa da CNI/Ibope mostra também que eleitores querem um candidato que não tenha se envolvido em corrupção e preferem alguém que venha de família pobre

Mais da metade dos brasileiros acredita que o candidato ideal para a Presidência da República deve acreditar em Deus. Ao todo, 79% dos eleitores concordam totalmente ou em parte com a afirmação. Apesar disso, apenas 29% das pessoas acham que o político precisa ter a mesma religião que elas. Os dados são da pesquisa Retratos da sociedade brasileira, divulgada nesta terça-feira (13/2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope.

O levantamento entrevistou 2 mil pessoas de 127 municípios entre 7 e 10 de dezembro do ano passado. Segundo a pesquisa, para a maioria das pessoas, o presidente ideal deve ser honesto (87%) e defender o controle de gastos públicos (92%). Ao todo, 44% dos eleitores estão pessimistas com as eleições de outubro. Entre os motivos principais para a descrença estão a corrupção, a falta de confiança no governo e a falta de opção entre os pré-candidatos.

Para 72%, o político deve ser uma pessoa simples, e mais da metade (52%) concordam totalmente ou em parte que um candidato de família pobre é preferível a um de origem mais abastada. Só 12% dizem preferir políticos de família rica. A pesquisa apontou que quanto menor a renda familiar dos eleitores, maiores as chances de eles também preferirem um candidato com menor renda.

Para 84% dos eleitores, o político nunca pode ter se envolvido em corrupção e deve transmitir confiança (82%). Com relação às características profissionais, 89% acham imprescindível que o presidente conheça os problemas do país e 77% acham que ele deve ter experiência em assuntos econômicos. Entre as opções consideradas menos importantes nesse quesito estão ter trabalhado no setor privado (40%) e ser militar (27%).

Além disso, 72% acreditam que é importante o candidato ter tido experiência como prefeito ou governador antes de se candidatar à Presidência. E a maioria (84%) afirma estudar as propostas antes de decidir o voto, mas 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha.