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Fachin: última palavra sobre prisão em segunda instância cabe à sociedade

"Se o parlamentar errou, tem que responder pelos seus atos. Tem que julgar o conteúdo do processo independente da capa" disse o ministro

Na noite desta segunda-feira (12/3) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin participou de uma aula magna e defendeu que a decisão de voto de legitimação da execução criminal em segundo grau, que ainda falta ser concluída, não cabe ao STF, mas à sociedade. Ele também defendeu um sistema punitivo e rigoroso para todos.

;Não estamos imunes às controvérsias. Ao contrário do que tem sido dito, a última palavra sobre o sentido de direito não é do STF, é da própria sociedade. Se o parlamentar errou, tem que responder pelos seus atos. Tem que julgar o conteúdo do processo independente da capa;, afirmou.

Na opinião de Fachin, não há razões para que o assunto seja revisto. ;O STF já se manifestou e a compreensão majoritária já afirmou a jurisprudência. Em minha convicção, há uma pacificação. Não vejo razões para revisão, mas vai depender do critério da ministra Cármen Lúcia;.

Durante a aula, o ministro também defendeu a igualdade de gênero e falou sobre a sobrecarga de trabalho da mulher na sociedade. Pare ele, a população também deve buscar se inteirar sobre o orçamento municipal e estadual.

Fachin falou sobre o STF funcionar como uma quarta instância, por ter que atuar em revisão de instâncias anteriores. O judiciário tem três instâncias, sendo o STJ (Superior Tribunal de Justiça) a última delas. Sobre o Controle de convencionalidade que será julgado amanhã, ele avaliou que o debate será intenso.

O tema da aula magna foi ;Constituição, Direitos Fundamentais, e Precedentes do STF; e aconteceu no Iesb da Asa Norte, para alunos de mestrado de direito.