Jornal Correio Braziliense

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Marcos Valério assina acordo de colaboração premiada com a Polícia Civil

Polícia Civil quer elucidar várias investigações de corrupção ocorridas em estatais



O empresário e publicitário Marcos Valério, conhecido pelo escândalo do Mensalão, deve assinar um acordo de colaboração premiada com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Segundo a corporação, o acordo deve ajudar a investigação a elucidar várias investigações de corrupção em empresas estatais. O delegado-geral Rodrigo Bossi de Pinho deve detalhar como será a delação de Marcos Valério ainda hoje.

[SAIBAMAIS]Entre as estatais investigadas estão a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). licitações públicas, inclusive as relacionadas à Cidade Administrativa, também são alvo das apurações da Polícia Civil. O período investigado é de 1998 a 2014.

Segundo a PCMG, o acordo não deve abranger matérias de interesse da União, das atribuições da Polícia Federal (PF), ou pessoas com foro por prerrogativa de função na Justiça Federal ou nos Tribunais Superiores. "As informações que serão prestadas por Marcos Valério devem ser comparadas com elementos já fornecidos por Nilton Antônio Monteiro, delator da ;Lista de Furnas; e do ;Mensalão Tucano;", afirmou a PCMG em nota.

Personagem central do mensalão

Em abril do ano passado, a Justiça Federal no Rio de Janeiro condenou o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza a 18 anos e nove meses de prisão por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. A sentença é do juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3.; Vara Federal do Rio.

Segundo acusação do Ministério Público Federal (MPF), Marcos Valério teria repassado propinas ao procurador da Fazenda Glenio Sabbag Guedes ; condenado na mesma ação a 22 anos de prisão. O publicitário de 57 anos já está condenado a 37 anos de prisão no processo do Mensalão ; escândalo que abalou o primeiro governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.