A cautela do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), ao tratar a própria candidatura ao Palácio do Planalto deve mudar de patamar na próxima quinta-feira (8/3). Neste dia, durante convenção nacional do DEM, Maia será lançado pré-candidato a presidente da República.
Se será candidato, de fato, é outra história. A confirmação da candidatura de Maia dependerá da costura que fará para angariar apoio partidário, dentro e fora do DEM. Além de participar de filiações de parlamentares ao DEM, dando maior robustez ao partido, Maia mira o PSDB, ao que parece, como o primeiro da lista onde buscará apoio para se viabilizar na disputa eleitoral. E a estratégia sinalizada é a de minar a candidatura do governador Geraldo Alckmin.
Na última sexta-feira (2/3), ele declarou que o pré-candidato do PSDB à Presidência, governador Geraldo Alckmin, não tem chance de vencer um eventual segundo turno porque "possui imagem negativa acima de 45%". Para Maia, se uma candidatura alternativa de centro não for construída a tempo, os partidos vão "entregar a eleição para o PT, o Ciro (Gomes, do PDT) ou a Marina (Silva, da Rede)".
Maia voltou a defender também uma candidatura alternativa do centro à Presidência da República. "Não precisa ser necessariamente a minha", afirmou, "mas acho que o meu nome tem o apoio de alguns partidos importantes e pode ser uma construção que nos dê a chance de disputar o segundo turno."
Com discurso de candidato, Maia tem defendido a ideia de um estado mínimo. "O estado brasileiro é esse elefante branco que ninguém controla, que não caminha para lugar algum e não atende ninguém verdadeiramente", avalia.