Integrantes do PSB abriram a agenda de atividades da Convenção Nacional do partido nesta quinta-feira (1;/3). Milhares de pessoas compareceram à solenidade, cuja agenda vai até sábado. A abertura do evento foi uma roda de conversa em homenagem ao escritor Ariano Suassuna e ao filosofando ofo Noam Chomsky.
Ao contrário do que se esperava, não houve nenhuma retaliação na porta do Centro Internacional de Convenções do Brasil. O motivo seria a retaliação à presença do governador de São Paulo e possível candidato ao Planalto em 2018, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele foi convidado pelo vice-governador, Márcio França (PSB), mas não compareceu.
Temas como economia e a conjuntura do partido serão discutidos nesta quinta, sexta e sábado.
Sem definição
Conforme apurou o Correio, embora o encontro desta semana vá restringir o campo de alianças do PSB, só no congresso extraordinário, marcado para maio, é que a legenda vai definir qual candidato apoiará oficialmente. A ideia, contudo, é eliminar de saída o PSDB de Geraldo Alckmin. Segundo caciques socialistas, não é apenas Márcio França que defende uma aproximação com os tucanos. O secretário-geral do PSB, Renato Casagrande, também teria interesse no acordo, de olho nas eleições de outubro no Espírito Santo.
Setores do partido defendem uma candidatura própria e vários nomes aparecem como opção para isso. O principal deles é o do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Barbosa e caciques socialistas já conversaram mas, até agora, nada foi firmado. Na mais recente pesquisa Datafolha, realizada no fim de janeiro, com a presença de Lula na liderança com 37% das intenções de voto, Barbosa aparece em quinto lugar, com 5%, empatado na margem de erro com o pedetista Ciro Gomes e o tucano Geraldo Alckmin, ambos com 7%.
Barbosa, contudo, embora tenha demonstrado interesse no diálogo, não se filiou ainda ao PSB, algo que precisa acontecer até o início de abril. No próprio partido, outros dois nomes são ventilados como postulantes ao Planalto: o atual vice-presidente do partido, Beto Albuquerque e Aldo Rebelo, recém-egresso do PCdoB-SP.
Com informações de Paulo de Tarso Lyra