O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) recorrerá ao plenário da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros o condenaram, na tarde de ontem, a quatro anos e seis meses de prisão, no regime semiaberto, por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, e suspendeu seus direitos políticos. De acordo com o parlamentar, a decisão é ;injusta;.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o senador teria obtido, em 2003 e em 2004, mediante fraude, financiamento junto ao Banco da Amazônia (Basa) com a finalidade de renovar a frota de ônibus da Eucatur, empresa de transporte cuja filial em Ji-Paraná era gerida por ele. O ministro relator, Alexandre de Moraes, o condenou por desvio de finalidade e o absolveu do crime de estelionato, voto seguido pela maioria da Turma.
;O senador está confiante de que será inocentado, pois além de não ter participação direta na captação do empréstimo, toda operação de crédito foi quitada na época e considerada regular pelo Banco da Amazônia. Cabe lembrar que o empréstimo foi feito em 2003. Isto ocorreu há 15 anos, quando Acir estava afastado das atividades administrativas da empresa, não era político, e assinou o contrato apenas como avalista;, destacou a assessoria do senador, por meio de nota. Após finalizados os recursos, caberá ao plenário do Senado avaliar a perda de mandato do parlamentar.