O PSol vai entrar ainda na tarde desta segunda-feira (19/2) com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja suspensa a votação do pedido de intervenção federal no Rio de Janeiro, maracada para as 19h. A justificativa do partido é de que uma medida extremamente dura foi tomada sem justificativa e sem ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
[SAIBAMAIS]De acordo com o líder da bancada na Câmara, Ivan Valente (SP), os dois conselhos só foram ouvidos após a decisão já ter sido tomada. Valente também criticou as declarações desta segunda-feira do ministro da Defesa, Raul Jungmann, dizendo que as Forças Armadas poderão ter liberdade total de ações no Rio de Janeiro, incluindo autorizações para busca e apreensão em residências. "Isso é um arbítrio. Um estado de exceção. Quem vai sofrer com isso serão os pobres e os negros, porque eles, de antemão, já são considerados suspeitos", acusou Valente.
O parlamentar disse ainda que os índices de criminalidade verificados no último carnaval são menores do que os registrados nos anos anteriores e que existem outros estados com índices de violência maiores do que o Rio de Janeiro. "O objetivo dessa invtervenção é esconder o fato de que o governo Temer perdeu o debate da reforma da Previdência e uma tentativa de embaralhar a disputa eleitoral de outubro. Entendemos o desespero da população. Não se resolve segurança pública colocando as tropas nas ruas com base em uma decisão tomada em uma noitada de carnaval", concluiu o líder do Psol