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Juízes tentam adiar julgamento de auxílio-moradia no STF

Após sinalização da ministra Cármen Lúcia para votar o tema, no próximo mês, a Ajufe protocolou documento pedindo que a data seja marcada depois de março

Também recebem essa gratificação os integrantes do Ministério Público. A resolução que prevê o benefício aos promotores e aos procuradores foi aprovada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ; hoje presidido pela procuradora-geral Raquel Dodge, que já sinalizou ser contra o pagamento. Ela mesma não recebe, pois pediu o cancelamento. Em 2016, a Procuradoria-Geral da República (PGR) gastou R$ 53,5 milhões apenas com o auxílio-moradia dos procuradores.

Durante a solenidade de abertura dos trabalhos do Judiciário, semana passada, no STF, representantes das 27 associações estaduais de magistrados se reuniram para pedir que a ministra Cármen Lúcia mantivesse o auxílio moradia. Integrantes das associações de procuradores também compareceram buscando acordo para a mesma finalidade. Cerca de 300 pessoas participaram do ato.

Na última segunda-feira (5/2), o presidente do Tribuna de Justiça de São Paulo (TJSP), Manoel Queiroz Pereira Calças, afirmou que o auxílio-moradia configura ;um salário indireto; para os magistrados e admitiu receber o benefício mesmo sendo proprietário de ;vários imóveis;. Pereira Calças criticou as reportagens mostrando juízes que recebem esse dinheiro mesmo sendo donos de moradias nas cidades onde trabalham. O desembargador disse que a exposição foi ;desagradável;.