postado em 31/01/2018 18:27
No dia em que o Instituto Datafolha divulgou a primeira pesquisa de intenção de voto após a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa CB.Poder ; uma parceria do Correio com a TV Brasília ; recebeu o ex-senador, ex-governador do Espírito Santo e atual presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande (PSB), para comentar os números e analisar cenários para as eleições de outubro. No entendimento de Casagrande, uma eventual não-candidatura do petista provocaria uma "pulverização de candidaturas". E essa pulverização poderia deixar os partidos de centro-esquerda fora de um possível segundo turno.
"É possível que uma pulverização no campo progressista, de centro-esquerda, possa levar ao segundo turno da eleição uma candidatura de extrema-direita e uma candidatura de direita. Que todos possam ter sua candidatura neste momento. Mas que, quando chegar em junho, todos possam fazer uma reflexão sobre se vale a pena ir com candidaturas isoladas ou se nós poderemos fazer a junção de candidaturas em torno de um projeto progressista para o país. Eu tenho defendido isto", afirmou casagrande.
Ainda sobre as eleições nacionais, o socialista disse acreditar que "o PT está condenado a ter uma candidatura para defender Lula, Dilma e o próprio partido". Contou também que seu partido, o PSB, quer a filiação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, mas, na opinião de Casagrande, o melhor seria que ele não entrasse na sigla já como candidato ao Planalto. "É ruim para ele entrar como candidato, com aquela posição definitiva para o PSB. Porque pode chegar ali na frente e ele achar que não deve ser candidato ou o PSB achar que não deva ter candidato", ponderou.
Por fim, Casagrande avaliou a situação de seu correligionário Rodrigo Rollemberg na disputa pela reeleição ao cargo de governador do DF. Segundo o ex-senador, por conta do cenário nacional confuso, Rollemberg ; e outros governadores do PSB ; vão acabar formando suas alianças antes de a sigla ter uma definição nacional. Além disso, Casagrande crê que, para vencer a rejeição e ganhar mais quatro anos à frente do Buriti, seu colega de partido deve mostrar tudo o que fez ao longo de seu governo. "Muita gente chega desgastado na campanha e a exposição maior ajuda a mostrar o que fez", concluiu.
Confira a entrevista na íntegra:
[VIDEO1]
[VIDEO2]