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Defesa de Lula quer a nulidade do processo e alega falta de provas

Cristiano Zanin Martins questiona a competência de juiz Sérgio Moro, argumenta cerceamento da defesa e diz que depoimento de Léo Pinheiro não é válido

Simone Kafruni - Enviada Especial
postado em 24/01/2018 10:34
O advogado Cristiano Zanin Martins pediu a nulidade do processo que condenou o ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção
Porto Alegre ; O advogado de Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, último a falar antes dos votos dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4), pediu a nulidade do processo que condenou o ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção. Martins questionou a jurisdição e a escolha do juiz Sérgio Moro para julgar o processo sobre o apartamento triplex do Guarujá em primeira instância. Veja o vídeo:
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[SAIBAMAIS];O juiz (Moro) está incomodado com a parte (Lula) e não tem imparcialidade para julgar o caso;, afirmou. Martins também argumentou que a denúncia diz uma coisa e a sentença, outra. ;A denúncia diz que as vantagens indevidas são referentes a três contratos. No entanto, o juiz, ao proferir a sentença, criou ele próprio uma outra denúncia;, defendeu.

Outra alegação da defesa é de que não teve oportunidade de produzir as provas que havia requerido no curso da ação. ;Houve cerceamento da defesa;, disse. Moro teria negado a realização de provas para verificar de quem é propriedade do apartamento e se ele está vinculado a operações financeiras.

;Não há recebimento de vantagem indevida. O tríplex sempre pertenceu à OAS. Não há posse. O ex-presidente jamais recebeu a chave, ou passou um dia ou uma noite no apartamento;, explicou. Martins ainda alegou que a palavra do co-réu na ação, o empreiteiro da OAS, Léo Pinheiro, não vale para o processo. ;Se tem um processo nulo, com uma sentença nula. Peço que sejam acolhidos os pedidos formulados;, finalizou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.

Julgamento de recurso no TRF-4

A 8; Turma do Tribunal Regional Federal da 4; Região, em Porto Alegre, julga hoje o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A apelação é contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex do Guarujá ; aplicada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, em Curitiba (PR).

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