postado em 04/01/2018 21:43
Indicada para o cargo de ministra do Trabalho nessa quarta-feira (3/1), a deputada Cristiane Brasil já foi condenada a pagar R$ 60 mil a um ex-funcionário por violação dos direitos trabalhistas. No processo, o autor afirma ter trabalhado para a, agora, ministra como motorista entre 2011 e 2014, recebendo R$ 4 mil mensais. No primeiro ano, o funcionário desfrutava de folgas apenas aos domingos. Depois, passou a trabalhar cinco dias por semana.
Ainda de acordo com o homem, ele era o responsável por levar os filhos de Cristiane a "médicos, escola, psicólogos, baladas, etc". O autor também conta que precisava estar no trabalho às 6h30 e era liberado por volta das 22h. Tudo isso, sem ter carteira assinada.
Apesar de a deputada negar o vínculo empregatício, ela foi condenada em julho do ano passado, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1; Região, no Rio de Janeiro, a pagar R$ 60.476,89 ao motorista. Cristiane chegou a recorrer, mas a sentença foi mantida em segunda instância.
Cristiane Brasil foi indicada ao presidente Michel Temer pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, que é seu pai. Temer aceitou a indicação. A deputada substituirá Ronaldo Nogueira, que pediu demissão no último dia 27/12.
Ela foi escolhida pela legenda depois do impasse sobre o nome de Pedro Fernandes (PTB-MA), que declarou ter sido vetado pelo ex-presidente José Sarney. Nogueira deixou o governo alegando que pretende se candidatar nas eleições deste ano.
A posse de Cristiane está marcada para a próxima terça-feira (9/4), no Palácio do Planalto, às 15h.