De acordo com Fábio Cleto, ele informava para o ex-deputado e para o doleiro quais empresas estavam com processo de aprovação para captação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Então a dupla, que já tinha canal aberto com as empresas, negociava propina para adiantar a liberação dos recursos. "Cerca de 1% do valor dos contratos era pago como propina. 80% desse valor ficava com Eduardo Cunha. Eu informava quais empresas estavam com processo aberto para receber os recursos e eles negociavam," disse Cleto.
O ex-vice da Caixa disse ainda que a propina que ele recebia correspondia a 4% do valor desviado. O dinheiro, de acordo com ele, seria para manter "seu alto padrão de vida".