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Meirelles: Reforma da Previdência está em 1º lugar e tributária vem depois

Segundo Meirelles, a equipe econômica vai defender a proposta "tal qual aprovada pela comissão especial" da reforma da Previdência

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (26/10), que a reforma da Previdência está "em primeiro lugar" na visão do governo, e que a reforma tributária vem depois. Meirelles encontrou-se nesta quinta com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial do parlamentar, para discutir os próximos passos da agenda econômica, no dia seguinte à votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"A ideia é prosseguir normalmente, esta é a decisão do presidente da Câmara e com a qual concordamos integralmente. Vamos prosseguir normalmente, mandando os projetos da agenda econômica, que é o mais importante para o País no momento", disse Meirelles. Questionado sobre a ordem de prioridades entre as reformas, ele respondeu: "Reforma da Previdência em primeiro lugar, tributária depois."

Segundo Meirelles, a equipe econômica vai defender a proposta "tal qual aprovada pela comissão especial" da reforma da Previdência. "A partir daí, vemos como tramita", afirmou. Ele disse ainda que no momento a ideia é promover as mudanças nas regras de aposentadoria e pensão no País por meio de mudança constitucional.

Lideranças políticas têm aventado a possibilidade de fazer mudanças pontuais, por meio de projetos de lei, e deixar a reforma mais ampla para 2019. O próprio presidente da Câmara teria encomendado estudos sobre quais alterações seriam possíveis sem precisar de uma proposta de Emenda à Constituição (PEC).

"No momento nossa ideia é de fato fazer via PEC, que é um projeto que resolve todos os problemas e dá mais confiança", disse Meirelles.

O ministro também descartou a possibilidade de o resultado da votação da denúncia interferir na apreciação da reforma. "Não acho que é possível, são assuntos diferentes, há consciência de que reforma é absolutamente necessária", afirmou.