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Politica

Planalto faz campanha publicitária:Temer é Tite e Dilma, Felipão

Campanha do governo vai comparar os presidentes aos técnicos em diferentes momentos da Seleção Brasileira

Do alto de uma aprovação de apenas 3% dos brasileiros, o governo Michel Temer (PMDB) prepara uma agressiva campanha publicitária nas redes sociais em que vai se comparar a Tite ; técnico da Seleção Brasileira que assumiu o comando do time em junho do ano passado, em situação complicada nas Eliminatórias da Rússia; 2018, e garantiu a classificação antecipada na 14; rodada do Mundial.

[SAIBAMAIS]Ao mesmo tempo, a campanha vai atacar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), comparando-a ao ex-técnico Luiz Felipe Scolari ; técnico da Seleção na memorável derrota para a Alemanha por 7 x 1, na Copa do Mundo realizada no Brasil há três anos. Ao sugerir que Dilma é o Felipão e Temer o Tite, o Planalto quer dar uma ideia de reviravolta no país, assim como ocorreu na seleção canarinho depois da mudança do técnico. A informação foi veiculada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de ser eliminado da final da Copa do Mundo, o grupo do Brasil ainda perdeu a disputa do terceiro lugar na competição para a Holanda. Na Era Tite, a Seleção já acumula 11 vitórias e dois empates nas Eliminatórias, é a líder isolada e foi a primeira a garantir uma vaga na Copa com quatro rodadas de antecedência, ao lado da Rússia, que já tinha vaga garantida por ser a sede da Copa.

Felipão, que atualmente comanda o Guangzhou Evergrande, da China, já avisou que pode acionar o governo federal judicialmente caso se sinta ofendido pela campanha. Ele afirmou que vai esperar o lançamento nas redes sociais para avaliar o conteúdo. Em nota, a assessoria de imprensa do técnico informou que ;se a campanha usar o nome do treinador, ou mesmo sua imagem, de forma pejorativa, ele responderá pública e judicialmente contra o governo Temer;.

A assessoria de imprensa da Presidência da República negou a existência da campanha. ;Não há nada nesse sentido nem haverá.; A CBF também foi procuradas pela reportagem para comentar o assunto, mas não respondeu à solicitação até o fechamento desta edição. (Com agências)