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Geddel enfrenta dupla investigação por suposto desvio

Parte do inquérito relacionado a supostos desvios em recursos de banco público foi instaurada na Justiça Federal de Brasília. Outro inquérito tramita no STF

As provas documentais e informações sobre a origem do dinheiro que estava no imóvel utilizado pelo ex-ministro estão no STF por conta de indícios do envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel. Além das digitais que foram encontradas nas cédulas que estavam em malas e caixas de papelão, no processo estão documentos recolhidos em cômodos do imóvel. O ministro também analisa o depoimento de Silvio Antônio Cabral da Silveira, dono do apartamento.

Já na ação que corre na Justiça comum estão elementos que apontam desvios em recursos mantidos pela Caixa. O caso segue sob segredo de Justiça e está em apuração desde o começo do ano. Mas ganhou novos elementos após a operação Tesouro Perdido ser deflagrada, em 5 de setembro.

A operação é um desdobramento da Cui Bono?, que está ligada à Lava-Jato e, por causa disso, o caso está nas mãos do ministro Fachin. Para contar o dinheiro apreendido, os policiais federais precisaram usar sete máquinas que levaram 14 horas para calcular a quantia que estava no apartamento. Essa foi a maior apreensão de dinheiro vivo da história do país. A principal suspeita é que os valores seriam repassados a outros políticos.

Polícia Federal


Novos documentos, relacionados ao caso e recolhidos na Câmara nesta semana, foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, em Brasília. Geddel está preso preventivamente por determinação do juiz Vallisney de Souza Oliveira. De acordo com o magistrado, a medida restritiva de liberdade ocorre para evitar a destruição de provas que são importantes para a investigação. Ele foi detido em 8 de outubro, e os investigadores também viram risco de fuga.

As fraudes na Caixa, de acordo com informações do processo, teriam ocorrido entre 2011 e 2013, época em que Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco público. Os envolvidos no esquema atuaram para liberar crédito para empresas que aceitavam pagar propina. Na Justiça comum o caso deve tramitar mais rápido. O advogado que defende o ex-ministro, Gamil F;ppel, afirmou que ;ainda não teve acesso à decisão do ministro Fachin e que vai se pronunciar apenas quando souber o conteúdo dos autos;. Em resposta ao jornal, ;a Caixa Econômica Federal (diz que) está em contato permanente com as autoridades e presta irrestrita colaboração com as investigações. Esse é o comportamento que vai continuar sendo adotado pelo banco;.