"Eu acho que é (caso de renúncia). Porque agora ele não tem condições, dentro das circunstâncias que está, de ficar como presidente do partido. E nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória", disse Tasso.
[SAIBAMAIS]Aécio está afastado do cargo desde maio, após a divulgação da delação da JBS, que o implica diretamente. Em conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, o tucano pede R$ 2 milhões. Ele nega que o dinheiro seja propina e diz que foi um pedido de empréstimo para pagar sua defesa na Operação Lava-Jato.
Mesmo afastado da presidência do partido, Aécio continuou a ter influência e conseguiu manter o PSDB na base aliada de Michel Temer. O senador é um dos principais fiadores da sigla do apoio ao peemedebista.
Já Tasso tem dado sinais de que pode ceder à ala que defende a ruptura com Temer, encabeçada pelos autointitulados cabeças-preta, ala mais jovem de deputados tucanos.
Tasso disse que não havia conversado com Aécio ainda sobre o assunto. Após chegar ao Senado, ele se reuniria com Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), também defensor da saída do PSDB da base.
Supremo
Apesar de pregar a renúncia de Aécio do comando tucano, Tasso defendeu a votação que derrubou as medidas cautelares contra o colega de partido. Segundo ele, porém, a decisão foi mal interpretada. "A decisão da maioria foi mal interpretada. Ao meu entender, ela dá ao senador Aécio o que ele não teve até agora, que foi o direito de defesa."
Para Tasso, porém, apesar de poder retomar o mandato parlamentar, os problemas de Aécio ainda não acabaram. "Agora, aqui no próprio Senado ele vai ter o Conselho de Ética e vai ter que se defender. Ao mesmo tempo, o julgamento no STF continua. No STF, ele também vai ter o direito de apresentar a sua defesa", disse.