Pelo encaminhamento de Eunício, os votos "sim" serão pela manutenção do afastamento de Aécio, enquanto os votos "não" serão pela derrubada da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "Tanto o voto ;sim;, que mantém decisão do STF, quanto o voto ;não; necessitarão atingir 41 votos. Em qualquer outra hipótese [menos de 41 votos], a votação terá de ser repetida", declarou Eunício ao abrir a ordem do dia.
Inicialmente, acreditava-se que apenas o senador Aécio precisaria reunir 41 votos favoráveis para barrar a decisão do STF - caso contrário, o afastamento seria mantido. Pelo entendimento de Eunício, no entanto, os dois lados precisam de maioria absoluta para chegar a um resultado.
Eunício baseou o seu entendimento em uma interpretação do parágrafo segundo do artigo 53 da Constituição. "Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão", diz o trecho.
Desde a noite de ontem, quando retornou de missão especial à Rússia, até a tarde de hoje, Eunício esteve reunido com diversos parlamentares e técnicos para tratar do caso de Aécio. Ele chegou ao Senado por volta das 16 horas e abriu a ordem do dia no plenário cerca de uma hora depois.
Ele confirmou que a votação será aberta, conforme decisão do STF, ou seja, nominal e por meio de painel eletrônico. Antes da votação, ele encaminhou a discussão para os senadores. Cinco senadores a favor de Aécio e cinco parlamentares contra poderão se manifestar alternadamente.