[SAIBAMAIS]Segundo ele, o juiz baseou-se em relatos da mídia para declarar rescindido o acordo de leniência dos irmãos Batista. No entanto, segundo Figueiredo, o acordo encontra-se "plenamente em vigor", de acordo com uma decisão da mesma vara.
Figueiredo, que também já defendeu o ex-deputado Eduardo Cunha, afirmou ainda que o primeiro passo da defesa será entrar com uma petição comunicando o desembargador Olindo Menezes do descumprimento de sua decisão, que liberou os bens dos Batistas.
"Essa será nossa primeira medida", disse o advogado. No entanto, o escritório também pretende elaborar um recurso para derrubar a decisão de Leite.
Em julho, o juiz Ricardo Leite havia vetado a venda de operações da JBS no Uruguai, no Paraguai e na Argentina para o rival Minerva. A decisão foi posteriormente derrubada por Menezes.
Nesta sexta-feira (6/10), a Justiça Federal decretou o bloqueio de bens e valores de toda a família Batista, da JBS - grupo que mergulhou o governo Michel Temer em sua pior crise política.
A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Leite, da 10; Vara Federal de Brasília, na Operação Bullish - investigação sobre suposto favorecimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas da família Batista.
O confisco ordenado por Ricardo Leite alcança cerca de 20 empresas do grupo e pessoas físicas, inclusive seus principais acionistas, os irmãos Joesley e Wesley Batista, atualmente presos na sede da Polícia Federal em São Paulo, na zona oeste da capital paulista.