No Planalto, a expectativa é que a tramitação aconteça de uma forma "natural", sem pressa e nem morosidade. A defesa de Temer, que será separada da dos ministros, deve ser entregue apenas na semana que vem.
Um auxiliar palaciano afirmou que o presidente pediu uma defesa consistente e que o ritmo tem que ser o mais natural possível. Segundo essa fonte, o andamento da denúncia não pode ser devagar demais para não parecer arrogância por parte do presidente e nem acelerado demais a ponto de que alguns o acusem de estar com medo, o que poderia ampliar chantagens de parlamentares.
Defesa
Gustavo do Vale Rocha, que assinou as notificações, terá um papel de advogado informal na defesa do presidente nesta segunda denúncia. Ontem, Temer recebeu no Palácio do Planalto o advogado Eduardo Carnelós, que o defenderá na denúncia por formação de quadrilha e obstrução de Justiça. Carnelós, que substitui o criminalista Antonio Mariz na defesa de Temer, foi indicado pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
Na sexta-feira ou no fim de semana, possivelmente, o presidente irá a São Paulo para um novo encontro com o advogado para finalizar a defesa.