Ela afirmou que no seu primeiro de dia de trabalho elaborou memorial aos ministros do Supremo opinando a favor do encaminhamento imediato da acusação à Câmara. Se os deputados autorizarem o processamento da denúncia contra Temer, o plenário do STF deve decidir se recebe a acusação e abre ação penal contra o presidente.
"Exercerei aquilo que é dado a todo membro do Ministério Público, com clareza e transparência, uma vez a denúncia estando ajuizada. A denúncia será submetida ao plenário do STF e, se recebida, deverá ter continuidade porque a ação penal pública é indisponível, não pode nenhum procurador voltar atrás, numa linguagem mais leiga", disse Raquel Dodge.
Ela evitou analisar o mérito ou supostos problemas da denúncia, que tem sido levantados pela defesa de Temer. Segundo ela, "não cabe fazer análise" sobre o assunto. A procuradora-geral também não opinou sobre qual deveria ser o resultado da votação na Câmara. "Não me cabe dar opinião sobre como se manifestará a Câmara. Respeito essa instituição", disse Raquel Dodge.
Raquel tomou posse no último dia 18. Essa é sua primeira entrevista à imprensa desde que assumiu o comando da Procuradoria-Geral da República.