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Politica

Na Câmara, deputados adiam novamente decisão sobre reforma política

Votação se estendeu na madrugada desta quarta-feira; se quiser valer em 2018, proposta tem menos de um mês para ser sancionada

Após mais de quatro horas de debate, os deputados não conseguiram entrar em acordo para aprovar os destaques da PEC 282/2016, que trata de mudanças no sistema eleitoral. Com isso, a Câmara novamente não aprovou a chamada "reforma política", que domina a pauta na casa durante as últimas semanas.

Com relatoria da deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR), a proposta de emenda à Constituição tem como destaque o fim das coligações proporcionais em 2020, além de uma cláusula de barreira que exclui do fundo partidário as legendas que não atingirem 1,5% dos votos em ao menos nove estados da federação a partir de 2018.

[SAIBAMAIS]Um dos destaques, que permitiria o fim das coligações proporcionais já em 2018, foi o estopim para a obstrução de diversas bancadas. Alegando a necessidade de mais tempo para analisar as propostas, os partidos pediram a obstrução do tema. Pouco depois das 0h30, menos de 342 deputados estavam presentes ao plenário, impossibilitando o quorum para votação da PEC.

Com isso, a votação do principal projeto para reforma política continua sem consenso dentro da Câmara. Uma nova votação foi marcada para a tarde desta quarta-feira, para tentar votar novamente a proposta.

Sem o consenso na sessão da noite de terça-feira, o prazo para aprovação, que já era escasso, fica ainda mais estreito: para já valer durante a eleição de 2018, o projeto tem apenas 17 dias para ser aprovado em duas votações na Câmara e mais uma no Senado, antes de seguir para sanção presidencial.