Deputados da base aliada ao rebateram os 3,4% de aprovação - e 75,6% de desaprovação - ao presidente da República Michel Temer como algo incapaz de atrapalhar a agenda do governo. Em entrevistas no salão verde do Congresso, aliados não demonstraram preocupação com os novos índices, divulgados na manhã desta terça-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
"O presidente Michel governa não olhando para as pesquisas - ele governa olhando para os indicadores econômicos", defendeu o deputado Darcísio Perondi, do PMDB gaúcho. "Se o emprego está baixando, se a inflação e juros estão caindo e se os investidores estão avançando - ele governa com este olhar, e com o olhar das reformas", continuou o congressista.
Para o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o baixo índice de aprovação de Temer foi fruto de uma escolha. "O presidente aceitou abrir mão de uma popularidade instantânea para fazer avançar o país em questões importantes. Este é o resultado desta opção", argumentou. Marun também rebateu as chances de um possível afastamento do presidente antes das eleições de 2018, alegando que "a população, na verdade, não quer isso."
A oposição também se manifestou em relação a nova avaliação do governo. Para o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que também esteve no salão verde, o resultado "é uma fotografia da impopularidade do Temer que vai avançando pela sociedade, seja pelos casos de corrupção, seja pela agenda impopular". O parlamentar arrematou que, com tal aprovação, "nem um guindaste levanta esta popularidade."